Em academia ou ao ar livre, em terra firme ou na água, cada vez mais os exercícios são prioridade no dia a dia das pessoas. E quem sofre de enxaqueca crônica não só pode, como também deve fazer atividades físicas, que podem ajudar na prevenção das crises de dor. Porém, é preciso saber quais realizar para que os efeitos não sejam contrários.
Atividades muito intensas, pesadas, como cross fit, musculação, maratona e spinning não são recomendadas porque exigem muito esforço do corpo e podem desencadear dores de cabeça – ao menos que o paciente já seja um atleta dessas modalidades. Já a natação, a caminhada, as aulas de dança, o alongamento e o pilates, que são exercícios mais leves, contribuem para a prevenção e alívio das dores.
“Os exercícios são importantes no tratamento da enxaqueca crônica porque fazem com que o corpo produza endorfina e serotonina, hormônios que tornam o cérebro mais resistente à dor. Com isso, consequentemente, eles ajudam a reduzir a frequência, intensidade e duração das crises”, explica o neurologista Dr. Flávio Sekeff Sallem (CRM SP-96498).
O ideal é que o enxaquecoso crônico pratique atividades moderadas que aumentem os batimentos cardíacos até a média de 120 batidas por minuto e que façam o corpo transpirar. Mas atenção, durante as crises, todas as atividades devem ser evitadas, para que o quadro de dor não se intensifique.
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Para ilustrar essas situações, uma pesquisa realizada pela neurologista Dra. Thais Rodrigues Villa, da Sociedade Brasileira de Cefaleia, e pela fisioterapeuta Michelle Dias Santiago, acompanhou 60 pacientes com diagnóstico de enxaqueca crônica. Metade do grupo tratou a doença com um medicamento preventivo enquanto que a outra parte também fez uso da medicação, mas complementando com atividades aeróbicas três vezes na semana. O resultado demonstrou que no grupo que realizou os exercícios, os pacientes tiveram maior redução na frequência, intensidade e duração das crises de dor de cabeça, além de ainda terem perdido peso.
Até os 40 anos de idade, Dr. Sallem orienta praticar as atividades de 30 a 60 minutos (seguindo a resistência de cada um), três vezes por semana. A partir dessa faixa etária, é preciso realizar exames ortopédicos e cardiológicos para a adequação dos exercidos, conforme os resultados. Se houver algum problema cardiovascular ou ortopédico prévio que exija atenção, pacientes mais jovens e que nunca praticaram atividade física devem, também, passar por avaliação cardiológica.
Vale sempre lembrar que a atividade física é um dos tratamentos adjuvantes da enxaqueca crônica, que deve ser somada ao tratamento de base, sempre acompanhados pelo médico especialista.
Dica da nossa equipe: Pratique exercícios regularmente e melhore a sua qualidade de vida. Não deixe que a enxaqueca crônica te impeça de viver os bons momentos.
O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.