Café, chocolate, vinho, refrigerante, macarrão instantâneo, presunto e queijos amarelos. O que esses alimentos têm em comum? Eles são conhecidos como vilões por quem sofre de enxaqueca crônica por serem gatilhos para o desencadeamento de crises de dor.
De acordo com Dr. Marcelo Ciciarelli (CRM SP-58375), Doutor em Neurologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, a alimentação é um fator secundário que atua na geração de crises em organismos que estejam vulneráveis pelo mau funcionamento do sistema analgésico interno e pela sensibilização do nervo trigêmeo. “Como exemplo didático, podemos comparar uma casa com alarme desativado, cadeados enferrujados e seguranças desatentos a invasores”, explica o médico.
Desta forma, o especialista adverte que antes de culpar apenas os alimentos conhecidos como nocivos para os enxaquecosos, deve ser considerado o estado geral do indivíduo e outros componentes de sua saúde física e mental, que também interferem de forma importante no aumento dessa sensibilidade, tais como: a privação e o excesso do sono, flutuações dos níveis hormonais (comuns em períodos de TPM – no caso das mulheres), ansiedade e estresse em excesso. “Nessas pessoas, às vezes, coisas simples como uma fechada no trânsito ou uma palavra mal interpretada são suficientes para desencadear uma crise”, complementa Dr. Ciciarelli.
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Importante destacar que cada indivíduo tem sensibilidades específicas a diferentes tipos de alimentos, podendo não ser acometido por crises por alguns dos itens presentes na lista dos vilões da dor de cabeça.
Por sua vez, a alimentação bem conduzida e equilibrada ajuda no tratamento da enxaqueca crônica e torna o indivíduo menos vulnerável. “É muito importante que o paciente tenha uma alimentação saudável, evite o jejum prolongado – se alimente a cada três horas – e siga com a terapia medicamentosa bem orientada, pois esta tem o objetivo de melhorar o funcionamento do sistema analgésico e diminuir a sensibilização central, deixando a pessoa mais resistente aos gatilhos e promovendo a diminuição da frequência das crises”, orienta o especialista.
Por isso, cuidado: a automedicação sem o diagnóstico correto pode levar a uma piora da frequência e da intensidade da enxaqueca. A consulta a um médico especialista, com acesso ao seu histórico de vida, conduzirá o melhor tratamento para diminuir ou espaçar as crises de dor e melhorar a qualidade de vida.
O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.